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Projeto de Intervenções Cul de Sac

Desenhos feitos com giz constroem intervenção artística no Claustro de San Pietro. Curadoria de Lino Polegatto.

Visite o Blog: http://fluxnews.skyrock.com

O curador italiano Lino Polegatto selecionou 22 artistas de diferentes países para construir o projeto de intervenção artística que toma forma a partir do pátio do Claustro do Castelo de San Pietro em Veneza, Itália, entre os meses de junho e setembro de 2009.

A proposta organiza-se em paralelo com a 53ª Bienal Internacional de Arte de Veneza e vai reproduzir, em diferentes escalas, desenhos desses artistas por distintas localidades da antiga cidade de Veneza.

O título dado ao projeto reflete bem o espírito labirintesco da morfologia da cidade dos Dodges no projeto organizado pela revista belga  Flux News  http://fluxnews.skyrock.com/ e a  A+A Gallery www.aplusa.it.

A imagem  de Sylvia Furegatti que será desenhada nesses trechos urbanos apresenta um desdobramento, uma parte do projeto artístico de intervenção urbana intitulado Cont_Nation http://cont-nation.blogspot.com , realizado na cidade de Campinas, no ano de 2007, formado por grandes desenhos feitos com giz na rua General Ozório e que traziam formas de bandeiras.

Para o Cul de Sac, apenas a parte superior do centro da Bandeira brasileira será reproduzida. Parte e participação são os seus códigos; parte do que já tinha sido uma parte selecionada da bandeira brasileira mantém nessa edição sua rápida identificação mas, também conduz à  idéia de colaboração  necessária à realização  dos trabalhos extramuros.

Evidencia-se nesse projeto um novo estímulo para a reprodução do desenho dessa parte de nossa bandeira: o convite para que se elabore o trabalho do outro que não está presente. Esse tonus das formas artísticas geradas para o meio urbano sugere o tom de troca fértil entre artistas, organizadores, público urbano convidado e instituições envolvidas no projeto.

Artistas participantes do Projeto:

Lawrence Weiner (US), Franco Angeloni (IT), Robert Dragot (AL), Dan Perjovschi (RO), Edith Dekyndt (BE), mounir fatmi (MA), Lucie Malou (BE), Michael Dans (BE), Samuel Buckman (FR),  Marc Rossignol (BE), Mira Sanders (BE), Jimmie Durham (US), Hans Lemmen (NL),  Michel Couturier (BE), Johan De Wilde (BE), Thorbjorn&Henning Christiansen (DK), Eric Van Hove (BE), Jacques Charlier (BE), Alain Bornain (BE), Michel Clerbois (BE), Pablo Garcia (SP), Sylvia Furegatti (BR).

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Ficha Técnica:
Curador: Lino Polegato
Co-curadora: Francesca Colasante
Organização: FLUX NEWS, Belgian Art Review.
Com o apoio do  Slovenian Art Center Galleria A+A, Venezia.

Epiphytos – Sylvia Furegatti

Epiphyton – ESAMC Campinas

A Instalação Epiphytos, criada por Sylvia Furegatti para sua mostra De onde nascem das Coisas na Galeria de Arte da Unicamp foi doada para a ESAMC Campinas. A incorporação do trabalho nesse novo espaço toma um formato interativo contando com desenhos de alunos dos Cursos de Comunicação Social e Design.

Uma mostra das fotografias desse conjunto de trabalhos da artista será exibida no telão do hall de entrada da Instituição. O evento inaugura o novo espaço cultural da Escola.

A instalação pode ser conferida desde 11 de maio. ESAMC. Rua José Paulino, 1345, Centro Campinas. fone: 19.3231-0614

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De onde nascem as coisas – Sylvia Furegatti

Galeria de Arte da Unicamp. De 06 a 24 de abril de 2009.

A Galeria de Arte da Unicamp apresenta nesse mês de abril a exposição da artista Sylvia Furegatti. Intitulada De Onde Nascem as Coisas, a mostra apresenta um conjunto recente de trabalhos dentre intervenções, instalação, maquetes e livros de artista que têm na paisagem seus elementos estruturais.

Sylvia é docente do Depto de Artes Visuais do Instituto de Artes da Universidade desde o ano passado. Em sua trajetória de pesquisa vem dedicando-se aos estudos acadêmicos e a projetos práticos orientados pela relação contemporânea entre Arte e Meio Urbano. Já realizou várias intervenções na paisagem da cidade de Campinas e outros centros urbanos, além da participação ativa na construção dos projetos artísticos que desenvolve como integrante do Grupo Pparalelo de Arte Contemporânea.

De onde nascem as coisas foi criada para o espaço interno e avança para o entorno da Galeria da Unicamp situada no térreo do edifício da Biblioteca Central da Universidade, área que concentra grande fluxo de pessoas durante todo o dia.
Mantendo-se atenta às questões do fluxo dos espaços abertos por onde costuma atuar, Sylvia busca ampliar o espaço expositivo da Galeria, já bastante facilitado pelas generosas janelas de que dispõe, construindo no espaço anexo à sua entrada duas pequenas montanhas de areia e terra de cerca de 2 m de altura que tem sua maquete apresentada no espaço interno.

O interesse da artista em apresentar plasticamente elementos originários da paisagem que, supostamente, fazem nascer os lugares e as coisas que percebemos no mundo, guarda ainda a intenção de propor uma reflexão sobre a origem do trabalho artístico contemporâneo, evidentemente conceitual, dada a freqüente pesquisa de novos materiais, tempos de duração e valores para o objeto da arte.

A instalação formada por uma árvore morta, de cerca de 5 metros de comprimento, pintada de branco e suspensa por cabos de aço ocupa, o maior espaço da Galeria ao lado de objetos na parede que trazem folhas de plantas com desenhos descritivos da Botânica aplicados sobre sua estrutura. Os livros de artista, linguagem que também é bastante presente no trabalho da artista, são peças adquiridas em sebos, datados de meados das décadas de 1940 e 1960, que são interferidos com novos desenhos e colagens. A arquitetura do livro, além de seu conteúdo, são os contextos que geram a escolha pelos livros que trabalha e a ampliação visual desses elementos dá forma ao livro de artista que propõe.

As outras duas séries fotográficas presentes na exposição trazem o registro de uma intervenção e a pesquisa por construções de montes/montanhas artificiais depositadas pelo homem nas rodovias e arredores urbanos visitados pela artista.

São eles: a intervenção Contour line, criada em 2007 e só realizada nesse ano com a viagem às cidades históricas de Minas Gerais e Seres Primordiais, seqüência fotográfica de montes temporários, depósitos de minerais construídos artificialmente pelo homem na paisagem urbana.

O texto de apresentação dessa exposição é da historiadora da arte, prof. Dra. Maria de Fátima Morethy Couto. O prof. Dr. Marco Antonio Alves do Valle é o atual coordenador da Galeria.

A abertura da exposição acontece na segunda-feira, dia 06 de abril de 2009 as 12h30. O período de visitação segue de 06 a 24 de abril das 9 as 17hs. A Galeria de Arte da Unicamp fica na Rua Sergio Buarque de Holanda, s/n. Térreo do Prédio da Biblioteca Central. Os contatos podem ser feitos por telefone: 19.3521-6561 ou pelo e-mail: galeria@iar.unicamp.br

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Projeto Escaparate

Pparalelo de Arte Contemporânea lança novo espaço de vitrine para o circuito artístico de Campinas.

O próximo projeto do Grupo Pparalelo de Arte Contemporânea será no dia 29 de novembro com o lançamento de um novo espaço de exposição seguido de debate.

Partindo das ações que realizou nesse último ano o Pparalelo passou a refletir sobre a validade das camisetas como elementos de sinalização e legibilidade para o trabalho artístico contemporâneo. É muito comum que artistas, coletivos, grupos em ação no meio urbano busquem identificar-se dos demais participantes e transeuntes vestindo camisetas que os apresentam como integrantes de uma idéia artística em processo. Além disso, também é bastante comum o uso das camisetas como suportes para proposições artísticas.

Artistas e amigos dos integrantes do Pparalelo, em seus diferentes afazeres cotidianos e cidades espalhados pelo mundo, foram convidados a vestirem as camisetas de projetos anteriores produzidas pelo grupo fora do seu contexto habitual. Essas imagens e as próprias camisetas serão expostas na sala-vitrine que o grupo inaugura e leva o nome de ATQG e poderão ser experimentadas pelo público visitante.

Objeto culturalmente identificado como jovem e despretensioso, a camiseta é uma espécie de segunda pele para quem a porta. Seu uso cotidiano ganha conotações de exibição e por isso mesmo amplia sua configuração como objeto e suporte para projetos artísticos contemporâneos. A História da Arte está cheia dessas passagens. Algumas delas, mais à mão, nos lembram da ação da Regina Silveira nos corredores de uma escola de Arte de São Paulo, meados da década de 1970, vestindo uma camiseta na qual exibia a pergunta: “Eu sei desenhar, e você?” impressa com letras manuscritas para reagir ao questionamento daquele público local ao uso imagens fotográficas em projetos artísticos introduzidos por ela de modo inovador nos seus cursos.

A artista norte-americana Jenny Holzer explora em suas intervenções urbanas materiais de comunicação imediata como luminosos, letreiros de salas de cinema, placas informativas de todo tipo, faz uso da camiseta como suporte de sua famosa série: “Truisms” (1977-84). Nelas imprime observações sobre poder e identidade criando frases como: “Abuse of Power Comes as No Surprise” e “Raise Boys and Girls the Same Way”.

O tema é tão atual como provocativo entre artistas, galeristas, instituições, interessados e teve pelo menos dois momentos de destaque na cena midiática mais recente: o primeiro deles envolveu a Exposição Erótica apresentada no CCBB – Centro Cultural Banco do Brasil no Rio de Janeiro (2006) quando o trabalho “Desenhando com terços” da artista Marcia X foi censurado da mostra tornando-se replicado, quase que imediatamente, na forma de camisetas que expunham as opiniões de liberdade de expressão em passeatas e discussões nos veículos especializados da Arte. O segundo momento importante, bastante recente, aconteceu na atual edição da Bienal Internacional de São Paulo depois que o artista Mauricio Ianês vestiu uma camiseta que lhe foi doada durante sua performance The Kindness of [A gentileza de]. A crítica e curadora Paula Alzugaray acaba de publicar um artigo na Revista Isto É! (disponibilizado no circuito artístico pelo portal Canal Contemporâneo) no qual explora a relação da camiseta-arte citando a atual movimentação desse objeto entre arte e identidade presente na constituição de trabalhos de artistas como André Komatsu, Leandro da Costa, Keila Avelar, dentre outros.

Contudo, das muitas abordagens possíveis para o tema, o Pparalelo interessa-se pela discussão do contexto algo legendado que a camiseta assume quando usada em ações artísticas extramuros.

A discussão já foi trabalhada em outras linguagens contemporâneas como, por exemplo, no uso das túnicas para a performance, mas toma agora novo fôlego diante das múltiplas formas da arte em meio urbano e seu diálogo com o fluxo cotidiano. A simbiose praticada por essas ações diretas na paisagem, em sua simbologia, modos comunicativos e público geral acaba, por vezes, congestionando a visibilidade e comunicabilidade do projeto. Nesse sentido, parece importante discutir como a camiseta colabora para a construção desses projetos artísticos.

O crítico de arte e curador Guy Amado, que atuou na última edição do projeto Rumos Visuais do Instituto Cultural Itaú de São Paulo, vem a Campinas para promover o debate pelo viés artístico. Junto dele, a antropóloga urbana e professora universitária Kenia Kemp, autora do livro: Corpo Modificado, Corpo Livre (Ed. Paulus, 2005) de Campinas, colabora com o aspecto antropológico para a conversa que será aberta ao público interessado.

O lançamento do ATQG toma emprestada uma sala do Ateliê da artista Dorothea Freire que integra o grupo. Nesse espaço de vitrine o grupo apresenta a exposição Escaparate e promove o debate, mantendo a orientação pretendida de troca e diálogo constantes entre artistas da região e outros centros urbanos. De quebra, renova a paisagem local com um novo espaço de arte que pode ser visto da rua, durante o trajeto cotidiano das pessoas. O projeto todo se inicia às 14hs e as inscrições para a participação no debate devem ser feitas pelo endereço eletrônico: contato@pparalelo.art.br até o dia 28.11.

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Aritstas Participantes:

Artur Barrio
Patricia Canetti
Daniela Bousso
Monica Nador
Grupo JAMAC
Kick Homeijer
Reiner van Ewijk
Silvia Salussóglia
Laurence Lamers
Franco Angeloni
Laurence Bosmans e Phillipe
Nino Cais
Tania Rivitti
Marcelo Terça-Nada!
Lula – Luiz Carvalho Jr.
James Kudo
Maria Herminia Oliveira Hernandes
Dorothea Freire
Luiz Orlandi
Cecília Stelini
Sylvia Furegatti
Hebert Gouvea
Lucia Fonseca
Adriana da Conceição
Beatriz Rinaldi
Adalgisa Campos
Nilton Campos

Salão arte e cidade na UFBA – Salvador/BA

Grupo Pparalelo de Arte Contemporânea é selecionado para o Salão Arte e Cidade na UFBA – Salvador/BA

Desdobramento do projeto inaugural do grupo que tem sido motivo para discussões freqüentes e a prática de convivência do grupo, o projeto Bula de Intenções foi selecionado para o Salão Arte e Cidade da Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia.

Nessa edição o projeto estrutura-se por meio de uma instalação de parede que traz para o espaço interno elementos da intervenção urbana inaugural do Pparalelo de Arte Contemporânea de Campinas em abril de 2008.

A Bula de Intenções: Circulação Interna é composta por uma ambientação que mantém todos os elementos plásticos da sua primeira versão. Fotografia, Som e Texto constroem o projeto. Uma das imagens selecionadas e ampliadas em grandes dimensões (200x160cm) e três tocadores de MP3 instalados em suportes acrílicos, que também contêm cópias de textos impressos, a instalação ocupa uma área estimada de 4,8 m².

No espaço interno do Salão Arte e Cidade/UFBA o projeto mantém clara sua conexão urbana e atual buscando as necessárias negociações para continuar falando de arte para novos públicos. Assim, levado para o espaço interno, a Bula limita sua circulação, mas continua permitindo que o público interaja com sua proposição de renovação dos códigos.

Ao todo serão apresentados 28 projetos enviados por artistas de todo o país. A abertura do Salão aconteceu no dia 08 de outubro, na Faculdade de Belas Artes da UFBA, Rua Araujo Pinho, 212 – Canela, Salvador, BA. O evento está ligado ao Programa de Pós Graduação da Faculdade de Arquitetura e Belas Artes que também promove seu segundo Seminário dedicado às relações derivadas de Arte e Cidade: Cultura, Memória e Contemporaneidade.

A visitação acontece entre 08 de outubro e 07 de novembro das 9 as 17hs. As responsáveis pela organização geral do Salão são as prof.s dras. Maria Hermínia Hernandez (Escola de Belas Artes – UFBA) e Roaleno R. Amâncio Costa (Escola de Belas Artes – UFBA).

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Fui a pé – Dia internacional sem carro

FUI A PÉ. Intervenção urbana para o Dia Internacional Sem Carro|2008

Continuando o trabalho em centros urbanos, a próxima ação do grupo Pparalelo de Arte Contemporânea volta-se para a inscrição de um projeto artístico para as Comemorações do Dia Internacional Sem Carro – 22 de setembro/2008.

O grupo escolheu uma cidade da região de Campinas que ainda não participa oficialmente das Comemorações internacionais. A cidade de Limeira, localizada 154 km a noroeste da cidade de São Paulo, tem aproximadamente 300 mil habitantes, uma economia voltada para o comércio além da produção agrícola e industrial de insumos da laranja e cana de açúcar. É uma cidade que mantém 2 jornais circulantes, 3 redes locais de TV e 6 instituições de ensino superior das quais destaca-se um campus da Unicamp e uma Escola particular que possui um curso de Design e Arte. Sua configuração cultural está permeada por uma forte presença histórica das fazendas que constituem sua paisagem do inicio do século XX e no campo atual ela presença de grupos artísticos que convivem com os projetos locais da Prefeitura e das Oficinas Culturais do Estado.

O projeto criado pelo Grupo Pparalelo para a cidade de Limeira leva em consideração essa constituição geral urbana da cidade. Intitulado FUI A PÉ, faz referencia direta à consciência do uso do carro e parte da interação do grupo com outros grupos de artistas locais.

Durante o dia 16 de setembro 3 carros foram estacionados em vagas públicas das principais praças centrais da cidade formando pacotes escultóricos construídos com lonas plásticas azuis e cordas de nylon. Por sobre esse volume, foram aplicados uma grande quantidade de adesivos com a frase-título do projeto: FUI A PÉ.

Os pacotes foram amarrados aos postes e outros elementos do equipamento urbano próximo ao local escolhido para a intervenção indicando sua imobilidade. O grupo se posicionou ao redor dessas estruturas distribuindo adesivos (idênticos aos colados nos carros) para as pessoas da localidade.

Além de Limeira, a intervenção se realiza também em Campinas, nas Rua Antonio Lapa, no bairro Cambuí, próximo onde hoje o grupo se reúne. Em Barcelona/Espanha, nesse mesmo período, a artista Dorothea Freire, integrante do Pparalelo em viagem a esse país, não participa da intervenção no Brasil, mas leva o contexto comunicativo do projeto para a Espanha onde fará a distribuição dos adesivos ao longo do dia 22, em sua versão para o Espanhol.

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Ficha técnica
Criação e execução: Grupo Pparalelo de Arte Contemporânea
Datas: 16.09 (Limeira/SP) e 22.09 (Barcelona e Campinas)
Locais: Brasil – Praças Luciano Esteves, Toledo de Barros e Boa Morte – Limeira | Espanha – Ruas da área central de Barcelona.
Patrocínio: ENGEP
Artistas convidados para integrar o projeto em Limeira: Maria Agnes Lucato; Edilaine Brum; Gilio Mialichi; Paulo Matiazi; Lea Martins e Angélica Vidal

Bula de Intenções nº2

A Bula de Intenções, projeto inaugural do Pparalelo de Arte Contemporânea, tem sido razão de muito debate dentro das reuniões do Grupo. A sequência de seu cronograma nesse segundo semestre levou seus artistas proponentes à experimentação e à negociação de novas formas para sua apresentação no espaço urbano.

A cada situação/locus programados para receber essa proposta artística, o seu formato tem sido reformado em consonância com o tempo de ação, autorizações, estratégias oportunas para a ação, espaços determinados pelos eventos, limites urbanos, etc. O número que identifica cada nova edição já tem programadas novas realizações entre espaços abertos e fechados que fizeram também que seu título pudesse derivar para Bula de Circulação Interna, na versão indoor criada para o projeto.

Contudo, essas reformulações observam a integridade da proposta da Bula com a questão das novas audiências para a Arte Contemporânea, como proposição de ampliação do acesso à informação cultural-artística na atualidade.

Assim, as próximas Bulas tem se estabelecidodo ora pela mobilidade do deslocamento dos carros de som, ora pela disposição dos textos seus discursos divulgados em lambe-lambe, ora pela proposição da imagem fotográfica da instalação em ambientes fechados.

Conectada aos valores híbridos da comunicação de massa tanto quanto ao trânsito das idéias artísticas no espaço urbano, a Bula tem se mostrado um projeto cujo carater investigativo e de auto-ajustamento respondem às inquietações dos artistas do Grupo Pparalelo.

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Bula de Intenções nº1 Intervenção inaugural do Grupo Pparalelo

O Projeto Bula de Intenções nº1, que inaugura as ações do Grupo Pparalelo de Arte Contemporânea, tomou forma de uma intervenção urbana realizada no último dia 08 de abril em Campinas/SP.

Três veículos adesivados com o nome do Grupo Pparalelo percorreram as ruas e rodearam praças conhecidas da cidade ao som de alto-falantes que traziam, em três linguas diferentes, o texto abaixo:

Arte Contemporânea;
Arte Contemporânea;
Arte Contemporânea…

Arte de Hoje; Arte de Amanhã. O Grupo Pparalelo de Arte Contemporânea quer falar com você sobre Arte. Por isso criou o projeto Bula de Intenções nº 1, uma proposta de arte falante, em movimento, efêmera que veio interferir no seu cotidiano.

Arte para quê? A Arte não deve ser só para artistas… Arte para que? para melhorar o seu humor, a sua visão de mundo, a sua qualidade de vida… Arte para muitos, aos poucos…

É certo que a idéia da beleza nos introduz no território da Arte. A beleza é a finalidade da arte. [Mas, afinal]Que é arte, que é beleza, que é finalidade? (Rosario Fusco). O mundo de hoje tem muitas novas formas de expressar a Beleza.

Idéias sozinhas podem ser obras de arte (Sol Lewitt) O artista não é[mais] necessariamente obrigado a realizar [uma] obra. Mas a Arte não é só idéia. É sempre uma realidade, precisa existir no mundo.(P. Kowalski) [É preciso] vestir a idéia de uma forma sensível (Jean Moreas). Por isso, escute um pouco mais Arte.

Hoje, aqui, nesta forma de Arte Pública, trazemos uma Arte que é som, que não dura para sempre, vai direto para sua cabeça e não para os olhos. Não se pode visualizá-la, nem comprá-la. Cuidado! Quando reduzimos a obra de arte ao seu valor mercantil [anunciamos] a morte da arte. (Pierre Restany). Cuidado! Isso não impede que alguns ainda tenham a Arte na forma de objetos. Isso significa que, talvez estejamos vivenciando não o fim das galerias ou dos museus de arte, mas o fim da arte feita no ateliê. (Jan Dibbets)

O artista (…) deve aprender a escapar de sua profissão. (…) as riquezas e a variedade dos estados de consciência nas artes hoje são tão grandes que é difícil deixar de admitir que (…) um módulo lunar é evidentemente superior a todos os esforços contemporâneos em termos de escultura; (…) Cuidado! A Arte é muito fácil de ser feita hoje em dia. (Allan Kaprow)

Queremos produzir um tipo de Arte que faça outra coisa além de sentar seu traseiro num museu (C. Oldenburg). Uma Arte que possa combinar paisagem e arquitetura, que se estabeleça num campo ampliado (Rosalind Krauss), que te alcance no seu caminho para o trabalho ou para a escola, que não fique te esperando dentro de um cubo branco, mas que te leve, um dia, até ele para que você deseje voltar mais vezes e sempre…

Em geral, somos favoráveis à gentileza e não à inimizade, muito embora precisemos citá-la para falar da necessidade da gentileza no mundo da Arte. A Arte Contemporânea é especialista em criar inimigos da Arte Contemporânea. (Agnaldo Farias)Isso cansa o artista e o público da arte.

Somos favoráveis à Arte que se desdobra como um mapa, que se pode abraçar como um namorado (…) Arte que diz as horas, ou onde fica essa ou aquela rua (…) que se expande e estridula, como um acordeom, que você pode sujar de comida, como uma toalha de mesa velha. (C. Oldenburg) Mas, para que tudo isso faça sentido, é preciso que você a ative, senão os objetos serão sempre meros objetos e nunca Arte. A Arte vem de uma espécie de condição experimental na qual alguém faz experiências com o viver. (John Cage)

Essa Arte Contemporânea te pede para observá-la, para cultivá-la, para estudá-la… Com a presença do espectador se faz Arte Contemporânea e não sem ele. A Arte deve, literalmente, descer à rua, sair do zôo cultural estreito [e se recolocar no corpo social]. (Jean-Jacques Lebel)

Arte Contemporânea,
Arte de hoje,
Arte de Amanhã.

Trajeto Percorrido:
11h30 – Centro de Convivência Cultural de Campinas
12h30 – Rua José Paulino / Esamc e adjacências;
13h30 – Sesi Amoreiras (parada para uma conversa com os alunos);
14h30 – Praça do Castelo;
15h00 a 15h30- Avenida Brasil / Av. Francisco Glicério e Av. Dr. Moraes Salles;
16h00 – Av. Norte Sul (sentido Cambuí);
16h30 – Rua Antonio Lapa / Cambuí.

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Ficha técnica
Criação e produção – Grupo Pparalelo de Arte Contemporânea
Texto e locução em português – Sylvia Furegatti
Versão e locução para o espanhol – Eduardo Bilbao e Hector Hugo Garcia Fontes
Versão e locução para o inglês– Betty Menzel
Edição de áudio – Charles Eduardo Signoretto
Identidade visual – Hebert Gouvea
Filmagem – Denilson Corsi
Fotografia – Dorothea Freire e Cecilia Stelini
Web design – Daniel Reigada
Parceiros do projeto em Campinas – Sesi Amoreiras 403 e Esamc Campinas.
Agradecimentos – Patrícia, Josiane e Rosana (SESI) e Constâncio (Ponto Alto Som)

Projeto Fluxus – Sylvia Furegatti

Nova edição do Projeto Fluxus – Informação, Arte e Saúde apresenta intervenção urbana de Sylvia Furegatti

Na sexta-feira, dia 16 de maio, o Projeto FLUXUS. Informação, Arte e Saúde, realizado por intervenções artísticas promovidas pelo NECS – Núcleo de Educação e Comunicação Social do Programa DST/Aids da Prefeitura de Campinas, dá continuidade à formula que aproxima Arte e Consciência participativa com o projeto de Sylvia Furegatti.

Frases Curtas, Pensamentos Longos elaborado pela artista, é a terceira edição do projeto FLUXUS. A proposta se organiza ao longo do mês de maio intervindo em conjuntos de árvores espalhadas por cinco espaços públicos de Campinas que são suporte para trazer à cidade mensagens extraídas da Música Popular Brasileira (MPB). Em curtos trechos, as frases nos propõem a reflexão poetizada sobre os encontros, esperanças e fluxos de nossas vidas. Esse foi o caminho idealizado pela artista para chamar a atenção da população para a importância do diálogo e da tolerância necessários à compreensão da presença da epidemia em nosso cotidiano.

“É um trabalho efêmero que propõe ao passante urbano da cidade de Campinas uma experiência artística dada pelo sussurro de rápidas frases retiradas de algumas canções da MPB”, disse a artista.

Na sexta-feira (16/5/2008) no largo do Carmo (Praça Bento Quirino), centro de Campinas, às 20h, Sylvia e o grupo de organização do FLUXUS recebem a população para conversar sobre este trabalho, a arte nos espaços públicos da atualidade e a epidemia da AIDS.

Nas semanas seguintes, a intervenção se efetiva pela cidade envolvendo artistas colaboradores, pessoal de campo do NECS e a comunidade local.  No dia 23 de maio, sexta-feira, os trechos: Av Barão de Itapura; Av. Dr. Theodureto de Camargo e Av. Luis Smanio (sentido centro-bairro) recebem as frases e distribuem material para os transeuntes das 9h00 as 15h00. No dia 06 de junho, outra sexta, a última etapa da intervenção ocupa os trechos: Av. Prof. Ana Maria Silvestre Adade (acesso para a Puc Campus I);e Rua Delfino Cintra, (sentido bairro-centro) também das 9h00 as 15h00.

“Cinco trechos urbanos da cidade foram escolhidos pela persistência e beleza do conjunto de árvores que se impõem entre a estreiteza dos canteiros e a velocidade das rápidas avenidas. De modo simultâneo nas datas programadas esses lugares vão exibir frases adesivadas nos troncos dessas árvores remetendo-nos à poesia e à informação dos encontros e caminhos entrecruzados das tantas pessoas que atravessaram nossas vidas”, completa Sylvia.

Iniciado em dezembro de 2007, o projeto FLUXUS estende-se por 2008 com intervenções que serão efetivadas de dois em dois meses pelo grupo de artistas visuais convidados. Sylvia Furegatti e Cecilia Stelini, artistas ligadas ao Grupo Pparalelo de Arte Contemporânea de Campinas, integram o conjunto dessas ações.

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Ficha técnica
Promoção do projeto Fluxus: Núcleo de Educação e Comunicação Social do Programa Municipal de DST/Aids de Campinas.
Coordenação do NECS: Bete Zuza
Produção: Jeff Keese e Adriane Pianowski
Assessoria de Imprensa: Eli dos Santos Fernandes
Participação: Grupo Pparalelo de Arte Contemporânea de Campinas.
Agradecimentos: Claudia Barros, Priscila Aguiar de Faria, João Siqueira.