Lugar de Contemplação – LNNano

Apresentada originalmente, em 2010, a instalação artística “Lugar de Contemplação”, que inaugura esse espaço expositivo do LNNano, foi projetada como uma exposição que partia do interior do espaço da Galeria Penteado, situada no Cambuí, Campinas, para escapar-lhe até a rua. Aceitando o convite/desafio proposto ao Grupo Pparalelo pela Galeria, a mostra criada para aquele espaço contemplava vários trabalhos e conversa aberta com a comunidade. Já discutia ali, plástica e poeticamente, a contemplação praticada pelo homem ante a natureza. Na forma que assume, desde 2015, como parte de um projeto contemplado pelo Prêmio FICC da Secretaria de Cultura de Campinas, organiza-se como uma instalação composta por três sofás e um conjunto de almofadas que, num primeiro momento, convidam as pessoas para uma parada naquele lugar de forma que possam descansar do seu cotidiano. Esse escape pretende, contudo, conduzir seus interlocutores para o diálogo com o território da arte. Nesse ambiente, os visitantes tem acesso ao texto “Caminhos da Floresta”, escrito originalmente por Heidegger, em 1949. Suas páginas, traduzidas para o português, pela editora Duas Cidades, em 1969, foram impressas na forma de almofadas menores dispostas sobre os sofás e vêm provocando, nos mais variados públicos e espaços por onde o trabalho já foi apresentado, convite para a leitura e reflexão. Como diferencial, para o espaço do Laboratório Nacional de Nanotecnologia, foi acrescentada à instalação, um excerto do livro de Heidegger adesivado sobre a janela de vidro. A disposição desse texto simula uma linha que remete às árvores da floresta ao fundo: um dos motivos que justificam a escolha desse projeto para o espaço. Sylvia Furegatti | Hebert Gouvea | Pparalelo de Arte Contemporânea

Serviço
Abertura: 19.maio.206, 15h
Visitação: 20.maio a 31.julho, 2016, das 8h às 17h
Local: CNPEM | Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais R. Giuseppe Máximo Scolfaro, 2524 – Cidade Universitária, Campinas – SP

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III ENCONTRO CIDADES E UNIVERSIDADES. UFRGS – Porto Alegre. Brasil

O Encontro de Cidades e Universidades  realiza-se a cada dois anos e tem como objetivo fortalecer e dinamizar os processos de vinculação, cooperação, transferência e gestão tecnológica entre o sistema universitário e o sistema urbano regional. Este encontro tem entre seus objetivos: difundir o trabalho conjunto entre os governos locais e as universidades, em que estas últimas fornecem respostas para as necessidades e desafios colocados pelos primeiros; sistematizar o trabalho realizado entre as partes e partilhar boas práticas. 

Fruto do trabalho articulado entre as Redes AUGM (rede de universidades públicas) e a Mercocidades (rede de municípios da América do Sul) surge o Observatório Urbano de Transferências de Inovações Tecnológico-Sociais, que tem entre seus objetivos divulgar e partilhar experiências de boas práticas de trabalho articulados entre universidades e governos locais. 

O Encontro desenvolve paralelamente atividades culturais, com o fim de promover e proteger a cultura regional e cidadã como bem social inestimável na área de influência de tais redes. Estas actividades recebem a contribuição das diversas experiências culturais acumuladas entre outras, na Comissão Permanente de Produção Artística e Cultural AUGM.

A Prefeitura de Porto Alegre é uma das fundadoras da rede Mercocidades, organização com 20 anos e que atinge 300 municípios em seis países da América do Sul. O Município está comprometido com um processo de integração regional que seja direcionado para o desenvolvimento local e que leve em conta as particularidades das cidades da região.

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul é uma das 31 Instituições membros da Associação de Universidades do Grupo de Montevidéu, que agrupa acadêmicos de seis países do Mercosul. É com imenso prazer que receberemos o Encontro de Cidades e Universidades, cuja proposta é aproximar as práticas acadêmicas em vigor nas universidades da AUGM das experiências de gestão das Prefeituras do Mercosul nas quais elas se localizam. Por serem ancoradas em seu território, as universidades dependem intrinsicamente da gestão local: transporte público, normas de construção civil, sistema hídrico, saneamento, atividades culturais e saúde pública. Esses são apenas alguns exemplos de políticas unindo as cidades, gestores e as Universidades. A partir desta relação entende-se que as universidades são loc de produção de conhecimento, de tecnologia, e de cultura, refletindo nas temáticas de interesse para os gestores das cidades e formando os cidadãos que participam da vida urbana. Promover um fórum para que se encontrem os gestores das cidades e os acadêmicos das universidades é o objetivo deste encontro. Todos são bem-vindos para ouvir e compartilhar.

A organização de dois dos projetos artísticos do evento – “Ocupa Tapumes” e o “Ocupa Jornal” está à cargo da artista visual e profa dra da URGS Maria Ivone dos Santos. Sobre esses dois suportes de pesquisa e difusão artístico-cultural, organiza-se a participação de dezenas de artistas do Brasil e do Uruguai que elaboraram paineis públicos de 2 x 4 m em lambe-lambe, especialmente enviados para o evento. Esses trabalhos foram reunidos para ocupar parte dos 1.5 km de tapumes que atualmente separam a cidade do canteiro de obras de revitalização da orla do Rio Guaíba. 

 

CULTURA INTERIOR

“Cultura interior” nos conduz para o estado de latência da arte e da cultura em cidades relativamente apartadas dos principais eixos capitais/ capitalistas da arte, mas que, apesar disso, podem ser consideradas como persistentes produtoras e difusoras da arte contemporânea.

Originalmente apresentada em agosto/2015 na cidade de Sorocaba/SP para as comemorações do aniversário da Oficina Cultural Grande Otelo, a proposta para Porto Alegre é reformulada para compor o projeto Ocupa Tapumes por meio de dois paineis consecutivos nos quais sentenças indicativas para o estatuto da arte de hoje e sua configuração em constante revisão no espaço geográfico são dispostas para o transeunte urbano. 

O primeiro dos dois painéis apresenta o texto que dá titulo ao projeto em letras brancas e fundo vermelho.O próximo painel tem fundo branco e traz letras pretas que replicam um statment de um dos primeiros textos de fundação do Grupo Pparalelo (2008), no qual se lê: “Arte para muitos, aos poucos…”

Desde que foi pensada, discutida e divulgada, a frase busca chamar a atenção para a dinâmica da recepção da arte de hoje pelos mais distintos públicos que habitam as cidades do planeta.

 

+ info : https://www.ufrgs.br/cidadeseuniversidades/

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INTERVENÇÃO ARTÍSTICA: CULTURA INTERIOR

 

Cultura Interior integra o projeto “Poéticas do Inacabado” concebido pela Oficina Cultural Grande Otelo como um diálogo permanente entre pensamento, criação e público.  A Proposta é constituída de workshops preparatórios e de intervenções artísticas nos tapumes que circundam obra de restauro do prédio da Oficina Cultural Grande Otelo, na Praça Frei Baraúna, cidade de Sorocaba/SP. O processo dessa ocupação foi conduzido por quatro artistas. De Sorocaba: Lucia Castanho, Adriana Dias um Coletivo de Grafiteiros. Como convidado externo: o Pparalelo de Arte Contemporânea.

As atividades dos artistas ocorreram no sábado, dia 29 de agosto. Muitas delas formuladas de forma colaborativa, juntamente com participantes de workshops desenvolvidos previamente pelos artistas locais. A sugestão da ocupação buscava ressemantizar um espaço de espera: o aguardo pelas finalizações da reforma pela qual passa o prédio da sede da Oficina onde já funcionava o antigo Fórum Municipal.

Sob esse contexto, o Pparalelo criou a intervenção “Cultura Interior”; um painel público construído na área externa da Oficina sobre um tapume de metal ondulado que possui três partes. Ao centro, no formato de um outdoor , podemos ler a frase que dá titulo ao projeto: “cultura interior”. Bastante visível  pelo seu tamanho final (6m x 2,20m) e contraste (letras brancas sobre fundo vermelho) nela encontramos o conceito do projeto conectado à linguagem das variantes da Arte Pública e Urbana trabalhadas pelo Pparalelo em diferentes centros do Brasil e da América Latina. Cultura interior nos conduz para o estado de latência da arte e da cultura em cidades que não são capitais, mas que, apesar disso, podem ser consideradas como persistentes produtoras e difusoras da arte contemporânea.

Além do painel vermelho central, nas duas laterais desse tapume também foi aplicado outra sentença impressa em papel e instalada diretamente sobre o metal: um statment dos primeiros textos de fundação do Grupo, no qual se lê: “Arte para muitos, aos poucos…” A frase, em preto sobre fundo branco, foi dividida para ocupar toda a extensão dessa área do tapume somando 15 m lineares. Desde que foi pensada e divulgada, esse statement quer chamar a atenção para a dinâmica da recepção da arte de hoje pelos mais distintos públicos que habitam as cidades. Para esse projeto o Pparalelo contou com a participação do artista visual Gabriel Petito e do historiador/designer de mobiliário expositivo Denilson Corsi.

 

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Exposição 1 + 1 = 3 na OC Oswald de Andrade em SP

O projeto expositivo 1+1=3, contemplado pelo Edital do Fundo de Investimentos Culturais de
Campinas/2015 apresenta-se na Oficina Cultural Oswald de Andrade onde ocupa uma das Galerias e o Pátio externo com trabalhos de Sylvia Furegatti, Hebert Gouvea e do Grupo Pparalelo de Arte Contemporânea. A abertura da Galeria ocorreu no sábado, dia 18 de julho quando foi também lançado o catálogo do Projeto. Em 13 de agosto, o crítico de arte e professor da UERJ, Felipe Scovino, ministra a palestra “Arte: dentro e fora do cubo branco” destacando da exposição, novas relações da arte contemporânea com o espaço.

Sylvia Furegatti apresenta o projeto “Ilha de Plantas” que se localiza dentro e fora da Galeria. Dentro cria uma instalação de parede, além de livros objetos que manipulam documentos, plantas herborizadas, dentre outros materiais. Fora, reconstrói a instalação com plantas vivas, criada originalmente para o lado de dentro do MAC Campinas.
Dentre dicionários de botânica, livros de Charles Darwin e outros, o visitante pode encontrar-se com plantas de agavias, cactos e variações de Sansevieria Trifasciata (espada de São Jorge) que constituem os trabalhos expostos.
Hebert Gouvea apresenta uma série de trabalhos que exploram a camuflagem da figura humana remetendo-se às suas pesquisas entre arte e design firmadas por meio de estampas, grafismos e ilusões ópticas. Os trabalhos variam de dimensões que partem do corpo humano até a escala da arquitetura do espaço expositivo. Ele propõe duas instalações de parede, uma delas construída por espelhos com plotagem adesiva e outra com madeira e papel de parede. Além delas, um pequeno conjunto de peças em metacrilato fecha a proposta.
Uma seleção de projetos recentes do Pparalelo ocupa o lugar da terceira persona. Os projetos eleitos para essa apresentação são: Cómo hacer amigos (Chile, 2013); Empoderamiento (Paraguai, 2012 e Brasil, 2013); Lugar de Contemplação(2010), Bula de Intenções (2009) e Novos Corredores Culturais realizados em vários tempos e localidades.
Além da exposição, o projeto contou também com uma Oficina sobre Intervenções Artísticas permeada por experiências desses artistas em diferentes países da América Latina. A oficina teve três encontros e foi conduzida por Sylvia Furegatti.

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Exposição 1 + 1= 3

Exposição 1 + 1 = 3 abre projetos contemplados pelo FICC no MAC Campinas

O projeto 1+1=3 foi contemplado pelo Edital de Exposições Temporárias do Fundo de Investimentos Culturais de Campinas (FICC) para ser apresentado nesse ano de 2015. A proposta apresenta trabalhos recentes da produção artística de Sylvia Furegatti e Hebert Gouvea, bem como do Grupo Pparalelo de Arte Contemporânea, criado por eles em 2008. Traz em seu título uma informação importante sobre a dinâmica criativa desses artistas que combinam processos individuais e coletivos para a elaboração de trabalhos artísticos.

O espaço expositivo do Museu foi divido em três áreas destinadas a cada uma dessas personas. Sylvia Furegatti é a primeira persona. Apresenta como proposta uma instalação artística construída com plantas vivas, terra, areia, manta vinílica e livros-objetos. A disposição geral dos elementos organiza-se por uma estrutura em rede que remete a um arquipélago em torno do qual o espectador pode passear aproximando-se do conjunto de plantas que forma cada ilha e tem, em média, 3 metros de diâmetro. Em folhas selecionadas dessas plantas de agavias, cactos e variações de Sansevieria Trifasciata (espada de São Jorge) há desenhos de outras espécies de plantas aplicados como tatuagens que multiplicam os jardins de cada ilha. Nas paredes livros-objetos emoldurados em acrílico colorido e cristal apresentam uma pequena coleção de livros antigos transformados.

A segunda persona do projeto é Hebert Gouvea que apresenta uma série de trabalhos que exploram a camuflagem da figura humana remetendo-se às suas pesquisas entre arte e design firmadas por meio de estampas, grafismos e ilusões ópticas. Os trabalhos variam de dimensões que partem do corpo humano até a escala da arquitetura do espaço expositivo. Guardam em comum a sobreposição de padrões gráficos que camuflam ora do corpo do próprio artista, ora o corpo do espectador, dependendo do suporte utilizado. Propõe duas instalações de parede, uma delas construída por espelhos com plotagem adesiva e outra com madeira e papel de parede. Além delas, um pequeno conjunto de peças em metacrilato fecha a proposta.

Uma seleção de projetos recentes do Pparalelo ocupa o lugar da terceira persona. No formato de uma pequena saleta, o visitante será convidado a manipular documentos de registro das intervenções artísticas do Grupo, disponibilizados em vídeo, web site, arquivo fotográfico e demais materiais residuais das ações realizadas. Os projetos eleitos para essa apresentação são: Cómo hacer amigos (Chile, 2013); Empoderamiento (Paraguai, 2012 e Brasil, 2013); Lugar de Contemplação(2010), Bula de Intenções (2009) e Novos Corredores Culturais realizados em vários tempos e localidades.

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Confira versão web do livreto da exposição.

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Serviço:

O que: Exposição 1 + 1 = 3

Quando: De 24 de abril a 24 de maio

Horário: terça à sexta 9h às 17h; sábado 9h às 16h;

domingos e feriados 9h às 13h; segundas fechado

Onde: Museu de Arte Contemporânea de Campinas – MACC

Rua Benjamin Constant, 1636 Rua  Centro – Campinas – SP

Fone: (19) 3236-4716 / (19) 2116-0346
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Intervenção Artística “Cómo Hacer Amigos” em Santiago – Chile

O projeto “Cómo Hacer Amigos” foi criado para ocorrer em paralelo ao III Seminário Internacional de Estudos sobre Arte Pública na América Latina – GEAP, realizado em Santiago, Chile, na semana de 15 a 18 de outubro de 2013.
Composto por 3 distintos formatos, as ações deste projeto foram feitas em espaços urbanos públicos ou privados nos quais frases sobre a amizade evocavam o inicio de relacionamentos pessoais, discutiam a negociação da ocupação do espaço urbano por meio da proposição artística.
“Cómo hacer amigos”; “Cómo mantener amigos” e “Lugar de encuentro para hacer amigos” foram as frases escolhidas pelo Pparalelo construídas com pequenas velas, stickers, carimbo e bandeiras.
Ao longo desta semana, o trajeto selecionado para as ações elege os seguintes locais: hotel no bairro Bellas Artes, Centro de Estudos do Patrimônio da Universidade Adolpho Ibanes, trecho do Parque Forestal em frente ao Museu Nacional de Belas Artes, a livraria Metales Pesados, o ateliê da artista Sofia Donadon, bares, restaurantes, metrô e uma banca de flores que foram interferidos em diferentes horários do dia e da noite. Em trânsito, foi possível estabelecer contato com muitas pessoas que em seus percursos foram atraídas para a condição de diálogo do projeto.
Dentre todos os encontros promovidos, a ação mais simbólica foi a elaboração da frase título do projeto construída com 300 pequenas velas sobre o passeio do Parque Forestal, dentre as 21 e 24 horas do dia 13 de outubro. Pessoas caminhando, domésticas em seu horário de descanso, amigos, namorados de todas as idades, passeadores de cachorros, ciclistas, formaram um público de cerca de 50 pessoas que pararam, conversaram, fotografaram e compartilharam na rede a imagem gerada pela ação com as velas que ocupou 15 metros lineares. Escala, lugar, horário e a abertura para esse diálogo dentre esses muitos sujeitos que ali se conheceram, são pontos que fundamentam o projeto.
Essa condição não significa, contudo que as outras ações foram menos importantes para a questão do dialogo gerador de condições de amizade. A condição de volatilidade da ação com carimbos, stickers e a instalação de bandeiras não permitiram o mesmo mapeamento da relação construída com os interlocutores. Com os stickers e bandeiras, a negociação é o ponto a ser destacado. A troca estabelecida entre nossa permanência na livraria, nos restaurantes, na banca de flores ou em algumas lojas por onde passamos promove o tom da negociação direta entre artistas e pessoas chave em cada um desses lugares. Ali, a cordialidade promovida pela prévia relação de consumo ou pela expectativa dele é contornada pelos artistas que estendem o diálogo para outro espaço de presença e permanência.
Desse modo, o projeto pretende discutir os elementos qualificadores do espaço e do lugar nas cidades atuais incitando a construção de relacionamentos pessoais tratados entre os artistas e os habitantes locais. A mediação promovida pelo texto sobre as condicionantes da amizade nos dias atuais constitue espécie de ponte de passagem para o estatuto da arte.

 

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Polimorfos e Sequentes – Sylvia Furegatti

Polimorfos e Sequentes é o novo trabalho de Sylvia Furegatti composto por objetos, desenhos e instalação artística. Essa exposição individual inaugura o novo espaço Fernandes Naday Arte Contemporânea em Campinas/SP.
A forma e a simbologia da pedra diamante são utilizadas como base e estrutura para a criação dos trabalhos guardam a ideia das múltiplas faces que esse cristal duro pode assumir quando trabalhado pelo homem. A pesquisa teve inicio há alguns anos com o interesse da artista pela história da joalheria renascentista. A lapidação empregada nesse período histórico renova a identidade de elegância e importância daquele grupo social que porta esta pedra. Estabelece um universo de imaginários e valores que são caros destinatários do circuito da criação de objetos especiais, tanto quanto do circuito da arte, até os dias de hoje. Desse modo também, os materiais que vem sendo pesquisados por Sylvia se acomodam na tarefa de ressignificar a discussão sobre a metamorfose daquilo que deixa de ser da ordem da natureza para tornar-se objeto da arte.
Assim, a materialidade das peças apresentadas na exposição, particularmente as tridimensionais, avança o interesse e estudos pelo vidro, já presente em projetos anteriores da artista. No novo espaço expositivo, estudado anteriormente à elaboração das peças, o vidro assume o caráter protetor/expositor de formatos e conteúdos ligados ao cristal diamante. Além do vidro transparente, o espelho e a coloração aplicada fazem parte dos trabalhos criados. As peças de parede apresentam vidro espelhado e serigrafado em preto. Amparadas por uma parede cinza grafite, pequenas caixas de vidro em sequência abrigam peças modeladas no formato do diamante lapidado. São feitas de cera de abelha, material escolhido por sua característica orgânica e qualidade visual translúcida. Em frente um painel de desenhos em nanquim de caráter projetual estudam as configurações possíveis para este diamante. Na sala principal uma torre de 2,00 cm (h) com outra peça de cera de abelha que solicita ao espectador posicionar-se na busca de visualizá-la, por baixo, pela transparência da base de vidro, ou a certa distância.
As formas dos trabalhos exploram a geometria que caracteriza a transformação do cristal duro no Diamante, tal qual nossa sociedade o avalia. Essas geometrias são tão precisas em alguns trabalhos quanto se apresentam imaginárias em outros, de modo que se configuram por inúmeras facetas, polimorfos que refletem a luz, sequências que ordenadas por um único suporte ou multifacetados em distintas partes/suportes, constroem a referência dos perfis do diamante.

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Empoderamiento. ISA/UNA Paraguai e JAMAC Brasil

O PROJETO

“Empoderamiento” compõe-se  de oficina, performance e ação urbana desenvolvidas em Assunção/Paraguai e um debate com projeção de imagens realizados no Brasil. Calco do Inglês “to empower”, a expressão “empoderamento” vem da Sociologia e tem conquistado cada vez mais espaço no campo da Arte. Reflete-se também no conceito de apoderar-se de algo, a fim de questionar os níveis hierárquicos de um objeto ou de uma ideia, tal como nos propõe a Globalização. Este fenômeno é um jogo arriscado que impõe às pessoas a tomada de uma atitude consciente sobre a possibilidade de apoderar-se ou então sofrer o peso de ser conduzido por ele. Jogo idêntico ao praticado pela maior parte da criação artística contemporânea em sua relação com o público.

De modo distinto, a Arte Pública pode ser considerada como uma das atuais formas de conexão entre arte e sociedade, uma vez que dilui as fronteiras entre os indivíduos e sua percepção ética e estética. “Empoderamiento” busca trabalhar nesse ínterim por meio da idéia de calco.

No Paraguai, estabelece contato de cooperação com Faculdade de Arquitetura, Design e Arte da Universidade Nacional de Asunción – ISA UNA e no Brasil, além da Unicamp, organiza seus desdobramentos com a participação do JAMAC – Jardim Miriam Arte Clube, projeto de Arte Pública coordenado pela artista Monica Nador na cidade de São Paulo.

Organizado por meio de um rearranjo do grupo Pparalelo, esse projeto é conduzido por Sylvia Furegatti e Hebert Gouvea. Dessa forma, estabelece novos pparalelos na figura do grupo participante das distintas etapas de construção do trabalho, entre o Paraguai e o Brasil.

INSTITUTO SUPERIOR DE ARTE – UNIVERSIDADE NACIONAL DE ASUNCIÓN

A aproximação com o cenário produtivo da Arte Pública de Asunción foi feita por intermédio professora doutora da Universidade de Buenos Aires, Teresa Espantoso Rodríguez, Coordenadora geral do GEAP – Latino América quem nos apresentou ao arquiteto e artista visual, William Paats, Diretor Geral do ISA UNA.

O projeto inicia-se com oficinas destinadas a um grupo de estudantes de Arte e Design de Moda da Universidade Nacional de Asunción convidado para o projeto, com a colaboração da designer e professora Regina Rivas (holachicapy.blogspot.com) . A primeira parte dos trabalhos conduz à experimentação dos materiais trazidos do Brasil, com a elaboração de desenhos de mapas e depois promove a construção das peças/colares derivados de modelos reconhecidos de designers internacionais cujo design e materiais possuem efeitos globalizadores, possíveis de serem reproduzidos com facilidade.

As oficinas nos servem como pretexto para a investigação sobre o processo criativo artístico e seus desdobramentos possíveis entre as questões da originalidade, a relação de autoria, auto-estima e monumentalidade. A atividade efetiva-se com a participação desse outro a quem se pretende dar voz, empoderar por meio de uma ação de Arte. Dessa forma, com o apoio do ISA UNA, a especificidade do projeto torna-se bem conduzida, permitindo-nos adentrar esse grupo e comunidade. Ao todo participaram cerca de 15 pessoas, dentre alunos e professores.

OFICINA + AÇÃO URBANA

Depois da coleta de depoimentos e primeiros trabalhos plásticos, vestidos de branco, portando os colares produzidos, o grupo formou uma parada por um trecho da cidade de Asunción que as leva até a Plaza Uruguaia, onde depositam as peças sobre um conjunto recentemente recuperado de esculturas públicas clássicas, adquiridas pela municipalidade no final do século XIX.

“Empoderamiento” busca invocar a requalificação necessária ao papel da Arte no corpo pulsante da Sociedade, uma vez que estreita os limites convencionados para o artista, o designer, o educador e todo agente interessado no fluxo urbano contemporâneo. Suas muitas camadas conceituais e estéticas solicitam que o discurso tenha um espaço tão importante quanto a produção prática. Desse modo o diálogo durante as oficinas e a elaboração de mesa redonda posterior ao trabalho realizado é parte fundamental para a reverberação de suas ideias. Essa ação de arte pública promove o intercâmbio das culturas latino-americanas ao problematizar o lugar de seus agentes no cenário artístico global.

OUTROS CENTROS PARA A ARTE CONTEMPORANEA NA AMERICA LATINA

A escolha do eixo Brasil-Paraguai para esse projeto, além de estabelece-se por meio da noção de site specific art, também busca fugir do eixo convencionado para a produção artística contemporânea que visa sempre os mesmos e conhecidos centros urbanos. Acreditamos que essa parceria estabelecida com o Instituto Superior de Arte da Universidade Nacional de Asuncíon (ISA-UNA) pode promover a revisão necessária à visão generalista acerca de outros centros urbanos latino-americanos e sua produção artística contemporânea.

DE VOLTA AO BRASIL, NOVAS CONEXÕES PARA O PROJETO:  JAMAC | SP

“Empoderamiento” trabalha diretamente com a definição dos anéis locais e globais que formam a cultura contemporânea e busca difundir ao público espontâneo, transeunte urbano ou convidado, o trabalho de artistas brasileiros atuantes nas vertentes da Arte Pública e Urbana contemporânea, tais como Monica Nador e seu projeto JAMAC.

Assim, a continuidade do projeto ocorre por meio de uma projeção de imagens e debate com participantes do JAMAC de Monica Nador, local bastante prestigiado pelas ações artístico-culturais voltadas para a arte pública atual.

CAFÉ FILOSÓFICO NO JAMAC |SP 

No dia 8 de junho de 2013, o projeto realizou sua etapa final no Café Filosófico do Jamac tendo Monica Nador como anfitriã. O videodocumentario produzido em Assunción teve sua primeira exibição no espaço que recebeu cerca de 40 pessoas dentre educadores, artistas, estudantes universitários e comunidade local. Após a apresentação do video, seguiu-se um debate sobre o trabalho de modo a buscar uma revisão de suas etapas, interna e externa, bem como na busca de problematizar as questões abordadas na discussão feita no Paraguay acerca da relação projeto artístico e o público local; a monumentalidade das cidades; a autoestima e a autoria para a arte de hoje e as relações estandartizadas que costumam esteriotipar os países latinoamericanos, bem como artistas e cidadãos deslocados dos principais eixos do mundo.

Para a exposição planejada para essa mesma data, foi criada uma mesa-objeto que apresentou  os registros fotográficos, desenhos e colagens, além de exemplares das peças/colares criados durante a oficina em Assunción. Além disso, realizou-se a distribuição dos folders do Projeto.

empoderamiento pparalelo em asunción paraguay from Pparalelo de Arte Contemporânea on Vimeo.

 

Ficha Técnica:

Concepção do projeto: Pparalelo de Arte Contemporânea

Organização Geral e Apoio no Paraguai: prof. Dr. William Paats – Instituto Superior de Arte. Universidade Nacional de Asunción

Apoio no Brasil: FAEPEX Unicamp; LAB TIC – Laboratório de Tendências, Inovação e Criatividade e Jardim Miriam Arte Clube – JAMAC

Design Gráfico, Fotografia e Video: Hebert Gouvea

Organização das oficinas e condução do Debate: Sylvia Furegatti

Design e construção do mobiliário da exposição: Denilson Corsi

Grupo integrante do projeto:

Profa. Regina Rivas

Alessandra Celauro

Taiana de Jesus Silva

Alejandra Chamorro

Cecilia Dominguez

Antonella Ottaviano

Irina Duarte

Keila Sandoval

Giselle Valiente

Ximena Ojeda


Agradecimentos:
profa. Dra. Teresa Espantoso Rodriguez; prof. Dr. William Paats; Monica Nador e Daniela Vidueiros

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Sylvia Furegatti: Apontamentos sobre a série de plantas

Série de Plantas.
Esse projeto tem inicio em meados de 2006 a partir de um work in progress em um dos ateliês nos quais trabalhei em Campinas. Fusão de desenho, fotografia, objeto escultórico e instalação artística, a proposta emprega materiais orgânicos para apresentar uma sobreposição de marcas visuais elaboradas sobre peles/superfícies, humanas ou de plantas, nas quais se demarcam referencias da memória dos gostos de quem as porta.
As primeiras peças criadas encontraram seu lugar na parede, ao lado das pequenas fotografias que apresentam detalhes de corpos de pessoas com desenhos que criam sobre a pele de cada uma delas, pessoas escolhidas por suas manchas ou pintas naturais, uma espécie de jardim florido, desenhado a caneta. Nas folhas das plantas escolhidas para esse momento, outros desenhos de plantas, novos jardins, portanto.
Em 2009, segundo momento do projeto, em exposição realizada na Galeria de Arte da Unicamp, folhas jovens de “Agave avellanidens” servem de suporte para novos desenhos tatuados em suas peles/superfícies apresentadas em caixas de acrílico transparente, nas paredes. Essas peças recebem o título de “Epiphytas” (Epi=sobre; phyton=planta) e me permitem descobrir o tempo médio de duração do trabalho. Terminada a exposição, as folhas permaneceram perfeitas por cerca de 4 meses.
Em abril de 2013, para a experiência da Ocupação da Moradia Estudantil da Unicamp, as plantas escolhidas são do tipo “Sansevieria Trifasciata”, conhecida popularmente por “Espada de São Jorge”. Dessa vez, as folhas voltam aos vasos e com isso ganham aspecto tridimensional mais evidenciado. Plantadas em latas de leite de alumínio, essas peças portam novas flores desenhadas em branco na parte alta das folhas, bem como seus nomes científicos, pesquisa selecionadas de um dos meus livros de referencia para essa esse viés assumido pelo meu trabalho entre Arte, Paisagem e Natureza, trata-se do livro “Garden of Eden” de H. Walter Lack, Editora Taschen.
Sylvia Furegatti
Abril/2013

A sessão PROCESSO apresenta ideias gerais de trabalhos em construção já apresentados formalmente em espaços expositivos ou não. Abre um espaço para que se apresentem trabalhos e/ou projetos de modo a enfatizar seu processo de criação.

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