Polimorfos e Sequentes – Sylvia Furegatti

Exposição

Polimorfos e Sequentes é o novo trabalho de Sylvia Furegatti composto por objetos, desenhos e instalação artística. Essa exposição individual inaugura o novo espaço Fernandes Naday Arte Contemporânea em Campinas/SP.
A forma e a simbologia da pedra diamante são utilizadas como base e estrutura para a criação dos trabalhos guardam a ideia das múltiplas faces que esse cristal duro pode assumir quando trabalhado pelo homem. A pesquisa teve inicio há alguns anos com o interesse da artista pela história da joalheria renascentista. A lapidação empregada nesse período histórico renova a identidade de elegância e importância daquele grupo social que porta esta pedra. Estabelece um universo de imaginários e valores que são caros destinatários do circuito da criação de objetos especiais, tanto quanto do circuito da arte, até os dias de hoje. Desse modo também, os materiais que vem sendo pesquisados por Sylvia se acomodam na tarefa de ressignificar a discussão sobre a metamorfose daquilo que deixa de ser da ordem da natureza para tornar-se objeto da arte.
Assim, a materialidade das peças apresentadas na exposição, particularmente as tridimensionais, avança o interesse e estudos pelo vidro, já presente em projetos anteriores da artista. No novo espaço expositivo, estudado anteriormente à elaboração das peças, o vidro assume o caráter protetor/expositor de formatos e conteúdos ligados ao cristal diamante. Além do vidro transparente, o espelho e a coloração aplicada fazem parte dos trabalhos criados. As peças de parede apresentam vidro espelhado e serigrafado em preto. Amparadas por uma parede cinza grafite, pequenas caixas de vidro em sequência abrigam peças modeladas no formato do diamante lapidado. São feitas de cera de abelha, material escolhido por sua característica orgânica e qualidade visual translúcida. Em frente um painel de desenhos em nanquim de caráter projetual estudam as configurações possíveis para este diamante. Na sala principal uma torre de 2,00 cm (h) com outra peça de cera de abelha que solicita ao espectador posicionar-se na busca de visualizá-la, por baixo, pela transparência da base de vidro, ou a certa distância.
As formas dos trabalhos exploram a geometria que caracteriza a transformação do cristal duro no Diamante, tal qual nossa sociedade o avalia. Essas geometrias são tão precisas em alguns trabalhos quanto se apresentam imaginárias em outros, de modo que se configuram por inúmeras facetas, polimorfos que refletem a luz, sequências que ordenadas por um único suporte ou multifacetados em distintas partes/suportes, constroem a referência dos perfis do diamante.

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